Primeiramente vamos entender a Hipnose Clínica: é um processo totalmente consciente, contemplando um estado de relaxamento profundo e muito prazeroso. Neste estado o paciente tem total controle sobre a situação, moral e ética são preservados assim como todos os comportamentos reflexos ligados a sobrevivência. Ninguém faz aquilo que não quer, por isso a sugestão precisa ser contextualizada e o cliente receptivo a ela. Estar em hipnose, sendo um estado natural de todos nós, é como estarmos acordando, ou hiperfocados em um filme, por exemplo.
A hipnose promove através do seu processo a ativação emocional intensa - matéria prima fundamental para que haja mudanças no setting terapêutico -, é excelente ferramenta para investigar estados iniciais e primitivos desadaptativos, necessidades emocionais básicas não supridas na infância, através de técnicas de regressão de memória. Utilizando os cenários vivificados desafiamos crenças limitantes, colocamos em imagens mentais pensamentos disfuncionais visualizando alternativas em novas memórias imaginadas, experimentando novas emoções e principalmente promovendo novas conexões neuronais.
A hipnose promove através do seu processo a ativação emocional intensa - matéria prima fundamental para que haja mudanças no setting terapêutico -, é excelente ferramenta para investigar estados iniciais e primitivos desadaptativos, necessidades emocionais básicas não supridas na infância, através de técnicas de regressão de memória. Utilizando os cenários vivificados desafiamos crenças limitantes, colocamos em imagens mentais pensamentos disfuncionais visualizando alternativas em novas memórias imaginadas, experimentando novas emoções e principalmente promovendo novas conexões neuronais.
O psicólogo Benomy Silberfarb, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), traz a hipnose como ferramenta integrativa junto às técnicas da TCC, com o objetivo de qualificar a reestruturação cognitiva, reduzir o tempo de tratamento e melhorar todas as estratégias de auto monitoramento através da auto hipnose. Para isso, o processo contempla um protocolo de intervenção que inclui as seguintes etapas: avaliação, testagem, comportamental, cognitiva e auto monitoramento. Cada uma dessas etapas tem sua importância, por último o paciente aprende a se auto monitorar, com a auto hipnose.
A Hipnoterapia Cognitiva alcança além da psicologia, todas as áreas da saúde. O alcance vai ao campo da dor (analgesia e anestesia), compulsão alimentar, insônia, maus hábitos, dependência química (inclui tabagismo), aversão ao açúcar (diabetes), onicofagia, enurese noturna, transtornos da ansiedade, depressão, raiva e impulsividade, estratégias imagéticas motivacionais, fobias específicas (viajar de avião, dirigir automóveis, animais, elevador, altura, água, escuro, claustrofobia, fobia social, dificuldades de exposição em público), enfim, modulação das respostas de medo.
Segundo a APA, 98% das pessoas são hipnotizáveis: 1% dos contraindicados tem patologias psiquiátricas graves... e os outros 1% simplesmente não desejam.
Hipnose Clínica não é sono, não traz problemas, não revela segredos, não é terapia de vidas passadas, não há poder no profissional, a moral e a ética são preservadas, não fica inconsciente, não tem amnésia, não dói, não é espiritualidade ou esoterismo. Os mitos tem dificultado muito a ação terapêutica da hipnose em função do descrédito causado pelas apresentações da hipnose de palco, denotando poder e alguma forma de magia.
Em contrapartida, a Psicologia vem se beneficiando muito desta prática. Muitos personagens importantes tiveram como base a Hipnose Clínica, como Albert Ellis, Ivan Pavlov, Johannes Shultz, Joseph Wolpe. Todos utilizaram a hipnose como base para desenvolverem suas teorias e práticas.
Fonte: 'Hipnoterapia Cognitiva' de Benomy Silberfarb, 2011.
Um abraço!
Psicólogo Cleberson Taborda
CRP 12-14675